quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Refletindo sobre a Dislexia


Neste semestre foi lecionada a unidade curricular (UC) de dificuldades de aprendizagem específicas, DAE, deste modo escreverei mediante o que aprendi nas aulas e informação que fui lendo em livros, assim como em teses e artigos científicos para a elaboração do trabalho dessa UC.


As DAE abrangem cerca de 48% da população escolar. Assim, é de extrema importância ajudar estas crianças/jovens no sentido de torná-los alunos de sucesso. 
Sabe-se ainda que as Dificuldades de Aprendizagem Específicas são uma desordem neurológica vitalícia, mas aparentemente invisível, pois os indivíduos com esta problemática apresentam um Q.I médio ou acima da média. Assim, esta problemática ocorre num contexto  educacional adequado com condições de ensino eficientes, exibe um perfil de discrepância entre o potencial de aprendizagem intelectual na média ou acima da média e desempenho escolar. Infelizmente não existe legislação em Portugal que inclua as DAE como sendo um grupo pertencente às NEE. Alunos com dislexia apresentam  um problema no processamento da consciência fonológica, o qual se vai refletir diretamente na capacidade (ou falta) de leitura. Contudo, intervenções eficazes e específicas podem ajudar a superar alguns dos problemas característicos da dislexia, nomeadamente na  leitura, e que podem ser ampliadas quando desenvolvidas com a ajuda do computador.  



A formação de uma sociedade inclusiva deve remeter para uma Educação Inclusiva. Numa sociedade onde todos temos direitos e deveres de vida cívica e democrática, a escola é um dos locais mais propícios para a implementação da inclusão. Os professores são os primeiros agentes, pois são eles que preparam os cenários da aprendizagem, através da utilização dos mais variados recursos e processos de operacionalização, no sentido de tentarem dar resposta à heterogeneidade dos seus alunos.



Desde muito cedo, as crianças demonstram uma grande atração por jogos interativos  e assim entram facilmente no mundo da informática. É difícil encontrar uma  criança que não fique fascinada pela cor, imagem, movimento e música que o computador pode 
oferecer. Se uma criança com dislexia necessita de um ensino estruturado, sistemático, repetitivo,  multissensorial, assim como, um treino de leitura eficaz, e se o computador pode ajudar e potenciar esse ensino sistemático e estruturado então a resposta passará pela utilização do computador. Neste sentido, cabe à escola aproveitar e ampliar os recursos que tem. Ao utilizar o computador na sala de aula, o docente pode adaptar mais facilmente as atividades às características e necessidade de cada aluno. Pode ainda criar espaços de uma maior partilha de saberes, de ideias e promover a entreajuda dos alunos. Pode ainda respeitar o ritmo e o tempo de cada aluno.




Em suma, a utilização das tecnologias de informação e comunicação pode trazer benefícios ao nível  da fluência da leitura renovando os modelos e práticas educativas na escola regular tendo em vista o sucesso educativo de todos os alunos, procurando-se refletir sobre os sentidos da integração do computador no processo de ensino/aprendizagem das crianças com dislexia, especialmente na supressão de dificuldades relacionadas com a leitura, promovendo-a. Os alunos com dislexia aprendem melhor través do uso simultâneo e integrado das diferentes modalidades sensoriais (olhos, ouvidos, tacto).









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